Por Rubens Portella
Em meio à discussão sobre os projetos de lei americanos que visam proteger de forma robusta todo conteúdo com propriedade intelectual na internet (SOPA e PIPA), recentemente o Departamento Federal de Investigação – FBI (Federal Bureau of Investigation) interditou o site megaupload.com, sob acusação de violação das leis antipirataria dos Estados Unidos. Segundo matéria do site Globo.com, os detentores de direitos autorais teriam perdido US$ 500 milhões graças ao site.
Em meio à discussão sobre os projetos de lei americanos que visam proteger de forma robusta todo conteúdo com propriedade intelectual na internet (SOPA e PIPA), recentemente o Departamento Federal de Investigação – FBI (Federal Bureau of Investigation) interditou o site megaupload.com, sob acusação de violação das leis antipirataria dos Estados Unidos. Segundo matéria do site Globo.com, os detentores de direitos autorais teriam perdido US$ 500 milhões graças ao site.
Mas quando o compartilhamento, nato do ser humano desde os tempos das cavernas, passa a ser pirataria. Bom, como tudo na vida, “existem os dois lados da moeda”.
De um lado, quem nunca copiou uma música ou emprestou um filme? E quando eu digo isso, estou falando do ato de fazer uma cópia em qualquer aparelho. Quando eu era criança, passávamos músicas do disco de vinil para a fita cassete, copiávamos músicas diretamente da rádio (e ficávamos doidos quando havia alguma coisa tipo: “Rádio Bláblá”, no meio da música). Um amigo da rua comprava a fita daquele filme que todos queriam ver e logo toda a vizinhança já havia visto sem pagar nada.
Analisando por outro lado, hoje quantas pessoas deixam de ir ao cinema para ver um filme, pois sabem que logo em seguida aquele site estará disponibilizando o mesmo filme muito antes da sua locadora. Se formos levar em consideração o custo para se produzir um filme, ou até mesmo para gravar uma música, poderíamos entrar em um grande embate moral. Afinal é como se você trabalhasse o mês todo e só recebesse uma parte do seu salário.
E é isso que fomenta a discussão. A chegada da internet ligou as pessoas. Elas continuaram o hábito de compartilhar as coisas. Só que em proporções muito maiores e, principalmente, mensuráveis. Quando eu era criança, as empresas nem sonhavam quantas pessoas deixavam de pagar para ter acesso aos conteúdos. E isso apresentava limitações físicas (Alguém tinha que comprar e só emprestaria para os amigos) e técnicas (somente poderia copiar quem tivesse o equipamento). Por outro lado, existem artistas que só existem graças ao compartilhamento na internet e outros que disponibilizam seu conteúdo, pois sabem que o mais importante é a sua popularidade na rede, e não passam por problemas financeiros por isso.
Em uma sociedade de consumo, onde os preços são cada vez maiores e, pelo menos no Brasil, os salários são baixos, é fácil ver alguém que prefere ver filmes sem pagar nada ao invés de deixar o pouco que lhe sobra em um mês de trabalho em cinemas e locadoras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário